sábado, 10 de maio de 2014

Especialista esclarece os sinais que demonstram a afetuosidade dos gatos


28 de dezembro de 2011 às 19:27

(da Redação)
Muitas pessoas ainda insistem, de forma equivocada, em comparar o temperamento de gatos e cães. Nessa “disputa” desleal, os felinos muitas vezes “perdem” e acabam sendo apontados como individualistas, traiçoeiros e insensíveis.


Essa visão distorcida é resultado da interpretação errada dos sinais e das demonstrações de afetuosidade dos gatos, conforme esclarece a Dra. Elaine Pessuto, médica veterinária e diretora do CETAC – – Centro de Ensino e Treinamento em Anatomia e Cirurgia Veterinária. “Infelizmente quem nunca teve gatos tem esse hábito, ao comparar a pessoa acaba caindo no erro de achar que gatos são insensíveis ou até mesmo traiçoeiros, pois não conseguem perceber as demonstrações de incômodo ou mesmo de felicidade desses animais”, salienta a médica.
Todas as pessoas, mesmo as que não convivem com cães, sabem identificar quando os cães estão felizes: eles abanam o rabo. Mas como sabemos quando os gatos estão felizes? Esse desconhecimento faz com que os felinos sejam incompreendidos.
“Os gatos expressam satisfação através de um barulho semelhante a um ronco leve, esse movimento chega até a vibrar sua garganta e tórax, levando as pessoas leigas a acreditarem que ele possa estar doente, com asma ou pneumonia. Esse movimento é chamado ronronar”, esclarece a Dra. Elaine.
Ainda de acordo com a especialista, outra forma do felino demonstrar sua felicidade com alguma coisa ou pessoa é se esfregar ou mesmo “amassar pão”, movimento constante feito com as patinhas. “Eles fazem isso, pois possuem glândulas na região da boca e da mão; essas glândulas deixam uma secreção nos objetos e nas pessoas que eles gostam, um sinal de dizer que ‘isso’ é adorado por eles e conseqüentemente deles”, explica.
Outra peculiaridade é a forma como sinalizam sua insatisfação com determinada situação. “Ele pode demonstrar insatisfação movimentando suas orelhas para trás, elas são verdadeiros termômetros de humor, quanto mais para trás maior é a insatisfação. Outra forma de mostrar chateação é através da cauda, com um movimento ritmado como se ele orquestrasse, e a velocidade desse movimento pode ficar cada vez rápida se o que o incomoda persistir”, destaca.
Segundo a médica veterinária os gatos são extremamente participativos e comunicativos, além de serem sociáveis com pessoas e outros animais. Assim como os cães, eles também precisam de atenção e carinho. “Tudo depende de como eles são criados. Devemos manter o vínculo de carinho e proteção. Nada de deixar os gatos saírem e não alimentá-los; pires de leite de vez em quando não é dieta balanceada para gatos, fora a necessidade de castração e de manter o animal sem sair. Carinho e alimento irão manter qualquer animal bem feliz junto ao seu tutor”, orienta Dra. Elaine Pessuto.
Embora carinhosos, os gatos são animais que conseguem manter uma certa independência, o que a maioria dos cães não consegue. Os gatos, quando ligados emocionalmente, encaram seus tutores como ‘pais’.
E para aquelas pessoas, que por desconhecimento, ainda insistem em dizer que os gatos não gostam de carinho, a médica veterinária reforça: “O gato adora carinho e também sabe dar carinho, a maneira como eles fazem é que é diferente. Quando eles esfregam o focinho e o rosto nas pessoas eles estão esfregando suas glândulas oronasais e molares e eles só fazem isso em pessoas ou objetos que eles adoram. Isso para os gatos é carinho”.

Lugar de gato é dentro de casa


Hoje em dia, principalmente nas grandes capitais, muitos bichanos vivem em apartamentos e passam horas na janela, observando o movimento da rua. Os que vivem em casas com quintal têm a oportunidade de dar umas voltinhas pelo bairro, e já são até conhecidos pela vizinhança. Apesar da vida livre, invejada pelos que ficam presos entre quatro paredes, dois entre três veterinários aconselham que o felino permaneça dentro de casa, segundo um estudo encomendado pelo Humane Society of the United States. Para tanto, a pesquisa consultou 600 médicos do segmento animal.
E os profissionais favoráveis ao “enclausuramento” do bichano têm dois fortes argumentos. Dentro de casa o gatinho estará a salvo de veículos e das doenças transmissíveis. Para estes veterinários, o animal vive com mais saúde e até por mais tempo quando são impedidos de colocarem as patinhas para fora de casa.
De acordo com o site USA Today, há ainda outros motivos que incentivam esta teoria: os animais correm menos risco de pegar parasitas, insetos, e até de se envolver em brigas com outros gatos ou cachorros. Outra vantagem é que a conta com o veterinário também tende a ser menor.
Mas muitos donos costumam ficar com peso na consciência por deixar seu pet querido longe do movimento e da agitação das ruas. Eles se perguntam: “será que meu gato é feliz vivendo 24 horas dentro de casa?”. Sim, eles podem se divertir tanto quanto, ou até mais que nas ruas, caso seja estimulado com brincadeiras e distrações. Confira algumas dicas preparadas pela ‘treinadora’ de gatos Marilyn Krieger.

Escaladas

Monte um local divertido para seu gato escalar. Atualmente é fácil encontrar escaladores para gatos nos grandes pet shops. Ou você pode testar suas habilidades com madeiras e pregos. Caso opte por comprar, verifique se a estrutura é estável e sólida para aguentar o seu bichano.

Móveis

Se possível, posicione os móveis e estantes de maneira que seu gato possa subir, com segurança e alcançar as janelas. Eles adoram passar horas observando o movimento, e adoram mais ainda ter um móvel seguro por perto para subir e descer.

Esconde-esconde

Esconda o brinquedinho predileto do seu gato no armário em que costuma guardar as coisinhas dele, ou no local em que ele brinca ou até na caminha dele. É uma brincadeira divertida e um bom exercício para ele.

Brincadeiras

Eles adoram caçar. Uma boa dica é brincar de... caçar. Use varinhas com algum brinquedinho pendurado, ou produtos específicos e seguros para o bichano. Caneta de laser não é recomendável, pois os bichinhos sentem-se frustrados por nunca pegar a luzinha.

Arranhar

Os arranhadores também são muito bem aceitos pelos gatos. Arranhar é um ótimo exercício para o bicho, além de necessário, já que assim ele pode fazer sua “manicure”, além de gastar energia.

Comida

Na hora da refeição faça joguinhos com seu pet. Algumas lojas disponibilizam caixinhas, ou bolinhas que são facilmente abertas. Coloque petiscos dentro e faça o gato brincar com a bola que vai liberando a ração.

Lazer

Reserve um tempinho para o que seu gato mais gosta de fazer. Se for brincar, brinque com ele. Se for receber um cafuné, faça. O importante é que a atividade envolva você e o seu felino. Fique atento ao que ele mais gosta e proporcione minutos de prazer ao seu bichano.